Pela manhã a professora Fabiana, convidada pela professora Rita, realizou uma dinâmica corporal que nos fez refletir sobre a linguagem gestual. Falou-nos que nosso corpo é subjetivo e tem memória, que elaboramos o discurso do gesto do mesmo jeito que o da fala. Precisamos aprender a "ler" o corpo. Entabulamos conversas utilizando gestos e, na maioria das vezes, nem temos consciência. O uso da língua do blá-blá-blá nos fez perceber que a entonação do som que emitimos ajuda na comunicação, reforçando ou não o que o gesto e a expressão facial diz. No final, conversamos sobre a dinâmica realizada e sobre a frase de Machado de Assis: "O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio."
A professora Rita nos entregou a apostila "Oralidade e Ensino", da UFMG, com sugestões de atividades para estimular o aperfeiçoamento da oralidade dos alunos. O professor de Língua Portuguesa deve aproveitar momentos reais de uso da oralidade para enriquecer a fala dos alunos, deve abrir espaço para o(s) aluno(s) contar(em) histórias, realizar concursos de piadas, entrevistas, discussões orientadas (debate), relatar notícias etc.
O professor Antonio nos falou do fascículo 5 e do PCN, de como podemos orientar os alunos em sala de aula de forma a não perpetuar práticas de preconceitos lingüíticos. Entregou o texto: "Implicações da questão da variação lingüística para a prática pedagógica" (PCN) e "Dez cisões para um ensino não, ou menos preconceituoso", de Marcos Bagno.
Todos os encontros na UnB são momentos de aprendizagem e reflexão. Descobrir como o nosso corpo fala é fascinante, mais que isto, a linguagem gestual dos alunos nos dizem muito mais que as palavras. Observar mais atentamente o que os alunos nos dizem com seus GESTOS pode apontar caminhos para uma melhor interação professor-aluno na sala de aula.
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